Em entrevista a ESPN, 28 empresas que atuam no país comentam sobre as formas que combatem fraudes e golpes. Empresas também se mostram inteiramente a favor da regulamentação das apostas esportivas.

Nos últimos dias, fomos surpreendidas com o escândalo dos esquemas de apostas no futebol brasileiro. Aliás, o esquema escancarou uma enorme quantidade de jogos manipulados, além de expor jogadores de todas as séries do futebol nacional.

Assim, houve uma certa apreensão acerca da participação das casas de apostas nesses esquemas. Mas, investigações comprovavam que as empresas na verdade, eram as grandes prejudicadas.

Após os casos que tem sido investigados pelo Ministério Público de Goiás, as casas de apostas se mostraram muito a favor da regulamentação das apostas esportivas. Aliás, a regulamentação tem um viés de minimizar ao máximo golpes e fraudes.

Assim, 28 empresas do cenário se manifestaram à ESPN e separamos os melhores momentos para você. Algumas das plataformas são representadas pela ANJL e IBJR e estas que se manifestaram representando as casas.

ANJL é a Associação Nacional de Jogos e Loterias e representa as empresas:

  • GaleraBet/Playtech;
  • Kaizen;
  • Betano;
  • BIG/Ceaser’s Sportbook;
  • F12;
  • Pagbet;
  • BetNacional;
  • Mr. Jack;
  • Primtemps;
  • Betfast;
  • Okto;
  • Aposta Ganha;
  • Liderança Capitalização;
  • Parimatch.

Enquanto IBJR se trata do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável e representa as empresas:

  • Bet365;
  • Betsson Group;
  • Betway Group;
  • Entain (SportingBet);
  • Flutter (Betfair);
  • KTO Group;
  • Netbet Group;
  • Rei do Pitaco;
  • Yolo Group (Sportbet.io)
  • Pay4fun.

Como as empresas veem o escândalo de apostas no futebol brasileiro?

Resposta da ANJL

“A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) acredita que a manipulação de resultados de jogos de futebol abala a credibilidade do esporte no Brasil, além de prejudicar casas de apostas e apostadores. Nós reafirmamos nosso repúdio a ações de cunho ilícito que prejudiquem o esporte, a prática do jogo responsável, a integridade dos resultados e, principalmente, as casas de apostas esportivas, que figuram como principais vítimas das fraudes ocorridas.

Esse é o ponto crucial: as casas de apostas são as grandes prejudicadas pela manipulação de resultados. A manipulação de qualquer aspecto de eventos esportivos traz prejuízo às casas de apostas, seja financeiro, seja de imagem, uma vez que elas são as primeiras vítimas desses atos ilegais. Governo, esporte e apostadores também são prejudicados. O primeiro, porque perde arrecadação de impostos; o esporte, porque vê sua credibilidade abalada; e os apostadores, porque os resultados são desvirtuados, impedindo que sua previsão de resultado natural seja alcançada.

A ANJL enfatiza a necessidade da regulamentação do setor, para que sejam adotadas medidas ainda mais eficazes e contundentes por meio de parcerias entre os setores público e privado, com o objetivo de eliminar esse tipo de prática ilegal no mercado brasileiro A ANJL apoia a apuração dos fatos, confiante na atuação das autoridades competentes e na punição exemplar dos envolvidos”, comentou Wesley Cardia.

Resposta da IBJR

Nós ficamos surpresos. A gente tem que se manifestar e esclarecer o que está ao nosso alcance. Até mesmo no ponto de vista do Jogo Responsável. Integridade é um dos nossos alicerces. Estamos engajados nisso. Há alguns dias, anunciamos nossa parceria com a IBIA – International Beting Integrating Association, principal entidade do segmento -, que se dedica ao monitoramento desde 2005 na Europa. Firmamos um acordo para o trabalho no Brasil. A gente está aberto para colaborar, mas até agora não fomos procurados.

O que as empresas tem feito para combater o aliciamento de jogadores?

Resposta do IBJR

“O que fazemos é trabalhar a prevenção. Basicamente, educar. Fazer com que esse crime seja o menos provável de acontecer. Quando isso ocorre, é que o crime se alinhou ao esportista. Temos que ir na fonte. Onde isso está acontecendo? Tem que conscientizar… Além de todo o arcabouço de consequências, caso estas externalidades sigam acontecendo. O trabalho passa pela regulamentação das apostas. Hoje, a gente não tem um mercado de apostas nacional. Isso facilita que o criminoso atue. Quando tivermos a regulamentação estabelecida, a relação passa a ser completamente diferente”, comentou André Gelfi, presidente do Instituto.

Regulamentação das apostas

Sobre a regulamentação das apostas esportivas no Brasil, o governo tem divulgado detalhes sobre a Medida Provisória, e a última foi divulgada no último dia 11 de maio.

Na ocasião, ficou clara a taxa de 16% às empresas e 30% aos ganhhadores das apostas, sobre o imposto de renda. Apostadores que lucrarem até R$2.112,00, será isento da taxação.

O Ministério da Fazenda tem a espectativa de arrecadar entre R$12 e R$15 bilhões por ano. A regulamentação ganhou ainda mais força com a Operação Penalidade Máxima que vem expondo e punindo esquemas de manipulação de apostas.

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