A Copa do Mundo no Catar vai gerar mais de R$185 bilhões em apostas esportivas, superando em 65% o valor arrecadado durante a Copa de 2018. 

Os especialistas explicam o crescimento do setor e avaliam que muitas pessoas trouxeram as apostas esportivas para o cotidiano, de modo que se torne algo da rotina dessas pessoas. Desse modo, as propagandas e publicidades relacionadas a este ramo, estão constantemente em comerciais televisivos, além da publicidade com jogadores, celebridades e campanhas para as redes sociais. 

Conforme o levantamento do banco britânico multinacional Barclays, a Copa do Mundo 2022 vai movimentar um total de US$ 35 bilhões (R$ 186 bilhões) com o mercado das apostas esportivas, ou seja, um valor 65% maior em relação à Copa de 2018 sediada na Rússia.

Outro fator que colaborou para estes números, segundo a empresa de inteligência de apostas H2 Gambling Capital, é a Copa do Mundo ser o primeiro evento esportivo de nível global a acontecer após o fim das restrições das apostas esportivas nos Estados Unidos. 

Além disso, outro fator que contribui para este crescimento no número de apostas, foi o aumento da visibilidade das casas de apostas. 

Conforme Darwin Filho, CEO da Esportes da Sorte, o marketing das plataformas inflamaram a realização de operações para a Copa do Mundo: 

Acontece que, em 2022, deparamo-nos com um mercado de apostas nacional muito mais maduro, com mais divulgação, mais concorrência, plataformas com mais facilidades, mais interativas, além da instantaneidade nas transações financeiras com o advento do pix, que acabou sendo o cenário perfeito para o grande aumento desse mercado como verificado em nosso país.

Ele ainda disse do potencial brasileiro que pode chegar a integrar o top 3 neste setor:

Além de divulgar as diversas casas que operam em nosso País, ajudam a popularizar e dar credibilidade ao negócio. A meu ver, estamos apenas tocando a ponta do iceberg. Segundo estimativas de conceituados conglomerados de apostas, o mercado do Brasil tem potencial para ser Top 3 no segmento no mundo.

Para Hans Schleier, diretor de marketing da Casa de Apostas, a pandemia foi um fator decisivo para o aumento de apostadores:

É um mercado que se tornou mais consolidado e ganhou o conhecimento do público em geral. Durante a pandemia, com as pessoas em casa, e com a chegada do PIX, além do merchandising das casas, alcançou uma notoriedade antes jamais vista. Tudo isso contribuiu, além de opções cada vez maiores não apenas na esfera esportiva, mas também do entretenimento.

Marcos Sabiá, CEO de operações do Galera.bet, também disse do “boom” após a pandemia, e destacou que esta Copa do Mundo foi o primeiro evento esportivo de nível global depois da pandemia:

Dentre as modalidades esportivas, o futebol ainda é o esporte que recebe o maior número de apostas e a tendência é que esse crescimento continue. Outro ponto importante é que a Copa no Catar aconteceu no final do ano e no meio da temporada europeia, algo inédito.

Do mesmo modo, outro fator importante apontado por ele foi o desenvolvimento tecnológico, que serve como facilitador para as operações online: 

O futebol continua borbulhando nos grandes campeonatos. E na pandemia as apostas online ganharam mais visibilidade, as pessoas tiveram que se adaptar a uma rotina diferente e mantiveram o distanciamento social. Isso fez com que buscassem novas formas de se divertir em casa pelo digital, o que incluem as apostas esportivas. O desenvolvimento da tecnologia também é outro fator que torna o acesso mais prático.

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