Investigação obteve mensagens que indicavam pagamentos de apostadores a jogadores de 4 estados. Operação Penalidade Máxima pode tomar proporção a nível nacional.
A cada momento que passa, a operação que vem sido chefiada pelo MP de Goiás tem tomado proporções ainda maiores. Isso porque novas provas acabaram de serem relatadas pelo MP.
Nelas, foram obtidas mensagens que comprovam o pagamento de apostadores a jogadores de outros 4 estados. Os jogadores seriam dos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Entenda o caso
A operação Penalidade Máxima começou após denúncia do Vila Nova de Goiás ao Ministério Público. Na denúncia, o clube informou que um de seus atletas, o meio campista Romário, teria participado de um esquema de manipulação dos resultados.
Sobre o esquema, o que se sabe é que os jogadores deveriam cometer uma penalidade ainda no primeiro tempo da partida. Mas, exatamente o pênalti cometido pelo atleta do clube não foi marcado pela arbitragem.
Dessa forma, o esquema acabou dando errado e a partir daí, o esquema foi se tornando conhecido. Segundo informações, cada jogador receberia cerca de R$150 mil reais, sendo que o jogador do Vila Nova havia recebido um depósito no valor de R$10 mil reais.
Após o início das investigações ficou bem claro que haviam outros jogadores envolvidos, e estes vem sendo investigados. São eles:
- zagueiro Joseph, da Tombense;
- Matheusinho, lateral que na época defendia o Sampaio Corrêa e agora defende o Cuiabá;
- Gabriel Domingos, volante do Vila Nova que emprestou sua conta para o atleta Romário receber o adiantamento de R$10 mil reais.
Mas, após investigações, o caso tomou proporções ainda maiores. Isso porque, foi descoberto mensagens com pagamentos para mais jogadores e de diferentes estados.
Então, através das investigações, se chegou ao empresário Bruno Lopez de Moura, que foi preso em São Paulo por participar do esquema. Segundo investigação, era ele quem fazia os pagamentos aos jogadores.
Próximos passos da investigação
Então, o que deve acontecer é que a operação deverá tomar proporções nacionais. Mas, o MP ainda não possui detalhes específicos de quais seriam os jogadores envolvidos no esquema. Assim, o foco principal é Romário, o ex-atleta do Vila Nova e que em 2023 já jogou pelo Goiânia.
Segundo informações, as mensagens encontradas no celular de um dos investigados cita o nome de três clubes: São Luiz-RS, Novo Hamburgo-RS e Villa Nova-MG. Mas, segundo o MP, a investigação não considera os clubes e dirigentes como suspeitos no esquema.
Clubes se manifestam
São Luiz-RS
O Esporte Clube São Luiz de Ijuí vem a público manifestar-se sobre as matérias trazidas por veículos de informação acerca da operação “Penalidade Máxima” deflagrada pelo Ministério Público de Goiás/MP-GO. O Clube recebeu com surpresa a informação e já está em contato e à disposição das autoridades competentes, bem como aguarda a continuidade das investigações. Ressaltamos também que o Clube não compactua com as atitudes e reforça seu comprometimento com a ética, moral e profissionalismo, comentou o São Luiz-RS.
Villa Nova-MG
Realmente tomamos ciência desta notícias que circulou nas mídias do Brasil. Acredito que todos estão tentando entender e se inteirar dos fatos. Pelo que o clube acompanhou não existe um apontamento enfático. Há uma citação. Estamos atentos procurando obter mais detalhes mas por enquanto nada nos leva a uma conclusão, comentou Bruno Sarti, presidente do clube ao ge.
Novo Hamburgo-RS
O Esporte Clube Novo Hamburgo […] tomou conhecimento de uma operação chamada “Penalidade Máxima”, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) no dia 14 de fevereiro de 2023, através da imprensa local. O clube solicitou uma reunião com a Federação Gaúcha de Futebol, o Ministério Público e a Autoridade Policial para obter maiores informações, bem como para que possa adotar todas as medidas necessárias para a proteção do clube contra eventuais atos criminosos e para que possa colaborar nas investigações e identificação de todos os envolvidos. O Esporte Clube Novo Hamburgo repudia todo e qualquer ato criminoso contra a prática desportiva e contra a sociedade, agindo sempre com transparência perante sua torcida e toda a comunidade.”
Plataformas de apostas são totalmente isentas de culpa
Conforme algumas apurações de portais de notícias, as apostas eram feitas de diversos sites. Aliás, investimentos esportivos são totalmente legais no Brasil, mas, por não possuir ainda uma regulamentação, acaba que fica aberto a chance para esse tipo de esquema.
A investigação não tem foco em nenhuma plataforma de apostas visto que elas só perderiam com o esquema. Isso porque cada envolvido apostava altos valores sabendo que teriam lucros exorbitantes e causariam prejuízos imensos às casas de apostas.