Depoimentos e bloqueio de bens devem ocorrer nas próximas semanas, afirma ministro da Justiça Flavio Dino.
Na última quinta-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, concedeu entrevista ao “ge” e informou que o presidente da República solicitou a prioridade na investigação de suspeitas de manipulação no futebol brasileiro. Dino afirmou que o inquérito da Polícia Federal será aberto até sexta-feira.
“Nas próximas semanas já haverá atos concretos como depoimentos, ações investigativas, eventualmente bloqueio de bens para que haja uma dimensão preventiva, para prevenir a perpetuação de outros crimes”, afirmou o ministro em entrevista ao ‘ge’.
Na quarta-feira (10), a CBF solicitou a participação da Polícia Federal para investigar as suspeitas de manipulação no futebol brasileiro. Após o recebimento do ofício da entidade, o Ministério da Justiça determinou a instauração do inquérito.
“São fato graves, onde há indícios de combinação e atos contrários ao esporte, com repercussão interestadual e internacional. Essa manipulação pode configurar vários crimes, como o de estelionato. A polícia federal vai aproveitar outras investigações existentes, para que a gente faça uma repressão rápida, uniforme e eficaz, para que haja segurança em relação a ética no esporte no Brasil,” disse Flávio Dino em entrevista ao ‘ge’.
O ministro da Justiça ainda destacou a importância da regulamentação das apostas esportivas para proteger o esporte de ações criminosas. A Medida Provisória que visa regulamentar as casas de apostas no Brasil já está pronta e foi entregue ao presidente Lula.
Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 10, 2023
A redação foi feita pelo Ministério da Fazenda e encaminhada via Casa Civil. De acordo com o texto, as casas de apostas terão menor fatia da arrecadação e mais obrigações junto ao governo.
“É um tema que envolve milhões de pessoas e negócios, que devem ser protegidos. Negócios legais, que quando tem a atuação de criminosos você abala todo esse sistema de interesse de grande parte da nação brasileira,” completou o ministro.